“Porque sei que
em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum” (Romanos 7.18).
Quando nos
deparamos com o pecado, nos defrontamos com uma questão que nos foge totalmente
em alguns momentos. É inevitável que fiquemos frustrados diante de tantos
fracassos dos quais somos protagonistas. Creio que todo homem já chegou diante
do espelho e questionou a sua própria força de vontade.
Quando vamos
para a Bíblia podemos notar que em todos aqueles que Deus usou poderosamente
para desempenhar os seus propósitos, nem eles mesmos estavam isentos de
tropeçar e cair. Não há um só ser humano que não tenha sido seduzido e enganado
por sua própria vontade terrena. Vemos Davi, o homem segundo o coração de Deus,
se envolvendo com um dos casos mais horríveis de adultério. Como alguém que
derrubou um gigante, foi ungido pelo Senhor Rei do seu povo, escreveu salmos e
cânticos de adoração ao Altíssimo, como poderia ter tramado a morte de alguém
só para poder ficar com sua esposa? A resposta é uma: Ele era humano! O que
dizer também de Salomão, o homem mais sábio da terra, construiu o templo em
Israel. No fim da vida se deixou levar pelas muitas mulheres que possuía,
desobedeceu a Deus. Ele também era humano. Talvez a razão de Deus ter permitido
todos esses acontecimento, tenha sido justamente para demonstrar que independente
de sermos aceitos e usados por ele, ainda temos uma natureza corrupta e
pecaminosa. Veja que Paulo disse:
“Porque sei que
em mim, isto é, na minha carne, não habita bem algum” (Romanos 7.18).
Quando ele diz “minha
carne” está se referindo ao conjunto de desejos e vontades que estão presentes
em nossa alma. São aqueles desejos que nos afastam de Deus porque lhe são
ofensivos. A única de forma de lutarmos hoje contra essa natureza decaída é
através de JESUS. O apóstolo continua:
“Graças a Deus
por Jesus Cristo, nosso Senhor. De maneira que eu, de mim mesmo, com a mente,
sou escravo da Lei de Deus, mas segundo a carne, da lei do pecado” (Romanos
7.25).
Quer dizer que
com a mente entendemos muito bem o que é ou não a vontade de Deus.
Infelizmente, devido possuirmos uma natureza decaída, entender não é o
suficiente, mas sabemos o que é certo e errado. Somente através da graça que
recebemos advinda da morte de JESUS é que podemos sobressair nesse impasse.
Como isso acontece? Através da regeneração. João disse:
“Mas a todos
quantos o receberam, deu-lhes o poder de serem feitos filhos de Deus, a saber, aos
que crêem no seu nome; os quais não nasceram do sangue ou da carne, nem da
vontade do homem, mas de Deus” (João 1.12,13).
Somente por meio
do Espírito de Cristo que está em nós é que poderemos ter forças para mudar
nossos hábitos pecaminosos e nos voltarmos para aquilo que temos plena
consciência de que é o certo. É por este motivo que também nos é dito:
“...transformai-vos
pela renovação da vossa mente” (Romanos 12.2).
Que mente? A
mente de Cristo! A todo instante somos levados pelo Espírito a contemplar a
vontade de Deus para nós. Nenhum eleito pode se queixar de ingenuidade, pois o
Espírito lhes mostra o que é que o agrada. E se mesmo assim pecamos? Isso
revela ainda mais a nossa incapacidade sem Deus, porém é bem verdade que ele
provê livramentos para que não incorramos nas consequências da transgressão.
“Pois, naquilo
que ele mesmo sofreu, tendo sido tentado, é poderoso para socorrer os que são
tentados” (Hebreus 2.18).
Versículo para
memorizar...
“Ele vos deu vida,
estando vós mortos nos vossos delitos e pecados” (Efésios 2.1).